Participação Feminina no Comércio Exterior

Participação Feminina no Comércio Exterior

A busca pela participação feminina no comércio exterior tem ganhado destaque globalmente, e o Brasil tem se mostrado um protagonista nessa área. No último dia 26 de junho, no Rio de Janeiro, ocorreu a primeira reunião presencial do Arranjo Global sobre Comércio e Gênero (GTAGA). Este evento, realizado paralelamente à 3ª reunião do Grupo de Trabalho de Comércio e Investimentos do G20, marcou um avanço significativo para a promoção da participação feminina no comércio internacional.

O que é o Arranjo Global sobre Comércio e Gênero?

O GTAGA é um acordo internacional focado na cooperação entre países para desenvolver políticas comerciais e de gênero que se complementem. O principal objetivo é melhorar a participação das mulheres no comércio, promovendo políticas inclusivas e equitativas. Desde fevereiro de 2023, o Brasil faz parte deste grupo, que também inclui países como Argentina, Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Nova Zelândia e Peru.

Metodologias e Estatísticas: Quantificando a Participação Feminina

Durante a reunião, os países participantes compartilharam experiências sobre metodologias e estatísticas desenvolvidas para quantificar a participação feminina no comércio internacional. Estas discussões são essenciais para entender como os acordos comerciais impactam as mulheres e como as políticas podem ser ajustadas para promover a equidade de gênero.

Um estudo publicado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em 2023, intitulado “Mulheres no Comércio Exterior – uma análise para o Brasil”, revelou que, em 2019, 2,6 milhões de empregos nas empresas brasileiras que atuam no comércio exterior eram ocupados por mulheres, representando 32,5% dos empregos totais nessas empresas. No entanto, apenas 14% das empresas exportadoras eram majoritariamente de propriedade feminina, indicando a necessidade de maior inclusão e oportunidades para as mulheres no setor.

A Importância da Inclusão no Comércio Internacional

A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, destacou a importância de um diagnóstico preciso sobre a participação feminina no comércio internacional. Segundo ela, o Brasil é um dos poucos países com dados detalhados sobre o assunto, o que é crucial para avançar nas discussões e aprender com as experiências de outros países. “É necessário um esforço global para que o comércio seja mais inclusivo”, afirmou Tatiana.

Próximos Passos e Iniciativas

Além da sessão dedicada às estatísticas e estimativas, o grupo discutiu os próximos passos e iniciativas do GTAGA. A participação ativa do Brasil neste acordo está alinhada com outras iniciativas nacionais e internacionais que visam criar políticas públicas para promover o empoderamento feminino e a equidade de gênero no comércio.

A Prioridade Brasileira no G20

A participação feminina no comércio internacional é também uma prioridade da presidência brasileira no G20. Nas reuniões do Grupo de Trabalho sobre Comércio e Investimentos, realizadas nos dias 27 e 28 de junho, o Brasil pretende avançar com os membros do G20 na discussão sobre as barreiras que as mulheres encontram para operar no comércio internacional.

O avanço na cooperação internacional para a promoção da participação feminina no comércio exterior representa um passo importante para a equidade de gênero. Com políticas inclusivas e esforços globais, é possível criar um ambiente comercial mais justo e equitativo. A LogExpress, comprometida com a excelência e inovação no comércio internacional, apoia e incentiva essas iniciativas que buscam transformar o mercado e promover a inclusão de todos.